ATIVIDADE SOBRE MORTE E VIDA SEVERINA E OUTROS TEXTOS

Escola Cornélio Soares. Ensino Fundamental e Médio.


Serra Talhada 

Aluno(a):

Professora: Rita Jussara



Avaliação especial



1. A leitura integral de Morte e Vida Severina, de João Cabral de melo Neto, permite a correta compreensão do titulo desse “auto de natal pernambucano”.



a) Tal como o evangelho, o nascimento do filho de Seu José, anuncia um novo tempo, no qual a experiência do sacrifício representa a graça da vida eterna para tantos “severinos”.

b) Invertendo a ordem dos dois fatos da vida humana, mostra-nos o poeta que, na condição “severina”, a morte é a única e verdadeira libertação.

c) O poema dramatiza a trajetória de Severino usando o seu nome como adjetivo para qualificar a sublimação religiosa que consola os migrantes nordestinos.

d) Severino em sua migração, penitencia-se de suas faltas e encontra o sentido da vida na confissão final que faz a Seu José, mestre carpina.

e) O poema narra às muitas experiências de morte, testemunhadas pelos migrantes, mas, culmina com a cena de um nascimento, signo resistente da vida nas mais ingratas condições.



2. Sobre o adjetivo Severina da expressão Morte e Vida Severina que intitula a peça de João Cabral de Mello Neto, todas as afirmativas estão certas, exceto:



a) Refere-se aos migrantes nordestinos que, revoltados lutam contra o sistema latifundiário que oprime o camponês.

b) Pode ser sinônimo de vida árida, estéril, carente de bens materiais e de afetividade.

c) Designa a vida e a morte dos retirantes que a seca escorraça no sertão e o latifúndio escorraça da terra.

d) Qualifica a existência negada, a vida daqueles seres marginalizados determinada pela morte.

e) Dá nome à vida de homens anônimos, que se repetem física e espiritualmente, sem condições concretas de mudança.



3. Leia com atenção os seguintes versos de João Cabral de Melo Neto em Morte e Vida Severina.

“ e belo porque o novo

todo velho contagia.

Belo porque corrompe

com sangue novo a anemia.

Infecciona a miséria

com vida nova a sadia.

Com oásis, o deserto.

Com ventos a calmaria.”



a) Esses versos a que evento se refere e qual sua relação com a fala de Seu José ao retirante.

4. Assinale as alternativas corretas a respeito de Morte e vida Severina, de João Cabral de Melo Neto.



( ) Ao contrário de Jesus Cristo que, ao nascer, recebeu incenso, ouro e mirra, presentes valiosos, o filho de Severino recebe presentes insignificantes, destituídos de valor simbólico no contexto do poema.

( ) A conversa entre Severino e seu José, o mestre carpina, revela o otimismo ingênuo do segundo, pois ele tenta convencer o retirante de que a felicidade é um bem natural, independentemente das dificuldades, bastando estar vivo para ser feliz.

( ) "É tão belo como um sim/ numa sala negativa" são versos que, somados à cena final, permitem compreender o poema como uma afirmação da vida possível em meio a uma atmosfera desesperançada, preenchida por "coisas de não".

( ) Duas ciganas visitam o recém-nascido e, embora uma delas preveja para a criança uma vida igual à que seus pais tiveram, e a outra enxergue uma mudança de destino, ambas anunciam um futuro cheio de dificuldades para o menino.

( ) No início do texto, Severino fracassa ao tentar individualizar-se em relação a outros Severinos; dessa maneira, estabelece-se o sentido da palavra "severina", adjetivo criado a partir do nome próprio que designa a dificuldade da vida no Nordeste, partilhada por todos os pobres.

( ) Os momentos de alegria do retirante estão relacionados a sua esperança de que existam lugares onde a luta pela sobrevivência seja menos árdua do que no lugar de onde ele emigrou.



5.. O poder das bibliotecas



Bibliotecas. Vistas de dentro de grandes monumentos, elas parecem indestrutíveis. Mas, de fato, a história mostra que bibliotecas estão sempre sendo destruídas e cada vez que uma biblioteca vem abaixo muito da civilização desaba com ela. A Biblioteca de Alexandria parecia que iria durar tanto quanto as pirâmides e, de fato, sobreviveu quase um século, mas, quando foi destruída, perdemos a maior parte da informação então disponível sobre a Grécia antiga, 700 mil volumes. Perdemos o maior repositório de conhecimentos sobre a Europa medieval quando Monte Cassino foi bombardeada na Segunda Guerra Mundial.

Mas a história das bibliotecas demonstra que elas são mais vulneráveis do que pensamos – e não só por causa das guerras. Dirão alguns que elas podem ser substituídas pela internet. Ora, quanto a mim, sou partidário da digitalização, mas fiquei horrorizado quando soube que o projeto original para um novo campus da Universidade da Califórnia nem sequer incluía uma biblioteca.

Imaginamos as bibliotecas como o núcleo de nossos campi, mas esse seria um novo campus sem uma biblioteca. Os projetistas julgaram que os computadores seriam suficientes, supostamente porque acreditavam que os livros nada mais fossem que recipientes de informação. Hoje muitos estudantes adotam essa atitude, e não só na Califórnia. Acham que pesquisar é surfar. Quando escrevem trabalhos, costumam surfar na internet, baixar os arquivos, recortar, colar e imprimir. Nossas bibliotecas devem, é claro, microfilmar e digitalizar, mas devem também conservar livros – os livros originais. Uma cópia digitalizada não pode ser um substituto adequado para o original.

(Adaptado de: DARNTON, R. Folha de S. Paulo, 15 abr. 2001. Caderno Mais.)





a) Com relação à construção argumentativa do texto,assinale V para verdadeiro e F para falso no que se afirma abaixo:



( ) A principal tese do texto está centrada na idéia de que as bibliotecas não são indestrutíveis.

( ) O autor defende a digitalização dos livros como uma solução para a falta de espaço nas bibliotecas.

( ) O autor é favorável à digitalização das bibliotecas em substituição aos livros impressos, pois assim é possível garantir a preservação dos livros e evitar, em tempos de guerra, a destruição das bibliotecas.

( ) O autor expõe sua visão de pesquisa: a internet facilita a pesquisa, pois, para realizá-la, basta baixar os arquivos, recortar, colar e imprimir.

( ) Três fatos sustentam a tese do texto: a destruição da Biblioteca de Alexandria, o bombardeio de Monte Cassino e a intenção de substituir bibliotecas convencionais pela internet.

( ) A conclusão do texto baseia-se na equivalência entre livros impressos e digitalizados.







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