ESCOLA CORNELIO SOARES. ENSINO FUNDAMENTAL E MEDIO.
ALUNO (A):_______________________
PROFESSORA: RITA JUSSARA
LÍNGUA PORTUGUESA -1ºEME
(PUCCAMP) – Leia com atenção.
Dona Casemira vivia sozinha com seu
cachorrinho. Era um cachorrinho preto e branco que Dona Casemira encontrara na rua um dia e levara para casa, para acompanhála na sua velhice. Pobre da Dona Casemira.
Dona Casemira acordava de manhã e chamava:
– Dudu!
O cachorrinho, que dormia na área de serviço do apartamento, levantava a cabeça.
– Vem, Dudu!
O cachorrinho não ia. Dona Casemira preparava a comida do cachorrinho e levava até ele.
– Está com fome, Dudu?
Dona Casemira botava o prato de comidana frente do cachorrinho.
– Come tudo, viu, Dudu?
Dona Casemira passava o dia inteiro falando com Dudu.
– Que dia feio, hein, Dudu?
– Vamos ver nossa novela, Dudu?
– Vamos dar uma volta, Dudu?
Dona Casemira e seu cachorrinho viveram juntos durante sete, oito anos. Até que Dona Casemira morreu. E no velório de Dona Casemira, lá estava o cachorrinho sentado num canto, com o olhar parado. A certa altura do velório o cachorrinho suspirou e disse:
– Pobre da Dona Casemira...
Os parentes e amigos se entreolharam.
Quem dissera aquilo?
Não havia dúvida. Tinha sido o cachorro.
– O que... o que foi que você disse? – perguntou um neto mais decidido, enquanto os outros recuavam, espantados.
– Pobre da Dona Casemira – repetiu o cachorro. – De certa maneira, me sinto um pouco culpado...
– Culpado por quê?
– Por nunca ter respondido às perguntas dela. (...) Agora é tarde.
A sensação foi enorme. Um cachorro falando! Chamem a TV!
– E por que – perguntou o neto mais decidido – você nunca respondeu?
– É que eu sempre interpretei como sendo perguntas retóricas...
(VERISSIMO, Luis Fernando. O Analista de Bagé.Porto Alegre, L&PM Editores, 1981, pp.47-48.)
1_O narrador desse texto:
a) permanece isento em relação ao fatos
narrados, jamais os comentando ou neles
interferindo.
b) dá nome, a certa altura, ao sentimento que
experimentava diante da vida da protagonista.
c) indica não ser indiferente à solidão em que
vivia Dona Casemira.
d) é onisciente em relação a Dudu, mas não o
é em relação à dona do cachorro.
e) participa discretamente da ação narrada, sem o que não seria possível desenvolvê-la.
2. Retire um exemplo de trecho descritivo no texto.
3.Leia os períodos abaixo e classifique-os como narrativos, descritivos ou dissertativos.
a) A violência sexual contra crianças e adolescentes acontecem em todo o mundo e têm mobilizado diversos segmentos sociais, no sentido de se pensar formas de enfrentamento desta cruel forma de violação de direitos.________________
b) O garoto agradeceu, desembrulhou a bola e disse “Legal!”. Ou o que os garotos dizem hoje em dia quando gostam do presente ou não querem magoar o velho.___________________________
c) Os olhos do meu amado trazem a cor da esperança. Em meio ao verde dos olhos do meu amado me perco. A maciez da pele do meu amado é como o toque das flores.
_________________________________
4. Produza um texto narrativo ou dissertativo sobre o tema:
“O trabalho infantil na sociedade brasileira”
Obs.: Mínimo quinze linhas.
ALUNO (A):_______________________
PROFESSORA: RITA JUSSARA
LÍNGUA PORTUGUESA -1ºEME
(PUCCAMP) – Leia com atenção.
Dona Casemira vivia sozinha com seu
cachorrinho. Era um cachorrinho preto e branco que Dona Casemira encontrara na rua um dia e levara para casa, para acompanhála na sua velhice. Pobre da Dona Casemira.
Dona Casemira acordava de manhã e chamava:
– Dudu!
O cachorrinho, que dormia na área de serviço do apartamento, levantava a cabeça.
– Vem, Dudu!
O cachorrinho não ia. Dona Casemira preparava a comida do cachorrinho e levava até ele.
– Está com fome, Dudu?
Dona Casemira botava o prato de comidana frente do cachorrinho.
– Come tudo, viu, Dudu?
Dona Casemira passava o dia inteiro falando com Dudu.
– Que dia feio, hein, Dudu?
– Vamos ver nossa novela, Dudu?
– Vamos dar uma volta, Dudu?
Dona Casemira e seu cachorrinho viveram juntos durante sete, oito anos. Até que Dona Casemira morreu. E no velório de Dona Casemira, lá estava o cachorrinho sentado num canto, com o olhar parado. A certa altura do velório o cachorrinho suspirou e disse:
– Pobre da Dona Casemira...
Os parentes e amigos se entreolharam.
Quem dissera aquilo?
Não havia dúvida. Tinha sido o cachorro.
– O que... o que foi que você disse? – perguntou um neto mais decidido, enquanto os outros recuavam, espantados.
– Pobre da Dona Casemira – repetiu o cachorro. – De certa maneira, me sinto um pouco culpado...
– Culpado por quê?
– Por nunca ter respondido às perguntas dela. (...) Agora é tarde.
A sensação foi enorme. Um cachorro falando! Chamem a TV!
– E por que – perguntou o neto mais decidido – você nunca respondeu?
– É que eu sempre interpretei como sendo perguntas retóricas...
(VERISSIMO, Luis Fernando. O Analista de Bagé.Porto Alegre, L&PM Editores, 1981, pp.47-48.)
1_O narrador desse texto:
a) permanece isento em relação ao fatos
narrados, jamais os comentando ou neles
interferindo.
b) dá nome, a certa altura, ao sentimento que
experimentava diante da vida da protagonista.
c) indica não ser indiferente à solidão em que
vivia Dona Casemira.
d) é onisciente em relação a Dudu, mas não o
é em relação à dona do cachorro.
e) participa discretamente da ação narrada, sem o que não seria possível desenvolvê-la.
2. Retire um exemplo de trecho descritivo no texto.
3.Leia os períodos abaixo e classifique-os como narrativos, descritivos ou dissertativos.
a) A violência sexual contra crianças e adolescentes acontecem em todo o mundo e têm mobilizado diversos segmentos sociais, no sentido de se pensar formas de enfrentamento desta cruel forma de violação de direitos.________________
b) O garoto agradeceu, desembrulhou a bola e disse “Legal!”. Ou o que os garotos dizem hoje em dia quando gostam do presente ou não querem magoar o velho.___________________________
c) Os olhos do meu amado trazem a cor da esperança. Em meio ao verde dos olhos do meu amado me perco. A maciez da pele do meu amado é como o toque das flores.
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4. Produza um texto narrativo ou dissertativo sobre o tema:
“O trabalho infantil na sociedade brasileira”
Obs.: Mínimo quinze linhas.
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